Caraça Observação de Aves & História Natural

- Um guia de campo para uma das serras mais biodiversas do Brasil -

Meu nome é Marcelo Vasconcelos. Há mais de duas décadas, venho estudando as aves das montanhas do leste do Brasil, temas de meu mestrado [1] e doutorado [2,3,4].

Foto: T. Mansur
Foto: T. Mansur

O Caraça é minha serra favorita, onde desenvolvo pesquisas desde 1996 sobre vários temas, especialmente aves.

Marcelo Vasconcelos amostrando a avifauna alto-montana do Pico do Inficionado, Caraça. Foto: J. C. Ferreira.
Marcelo Vasconcelos amostrando a avifauna alto-montana do Pico do Inficionado, Caraça. Foto: J. C. Ferreira.
Marcelo Vasconcelos fotografando a garrincha-chorona (Asthenes moreirae) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: R. Bomfim.
Marcelo Vasconcelos fotografando a garrincha-chorona (Asthenes moreirae) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: R. Bomfim.
A maior parte desta serra encontra-se dentro de uma unidade de conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Caraça, uma região de maravilhosas paisagens.
Uma frente fria chegando pelo Sul da Serra do Caraça, observada do Pico do Inficionado. Foto: M. F. Vasconcelos.
Uma frente fria chegando pelo Sul da Serra do Caraça, observada do Pico do Inficionado. Foto: M. F. Vasconcelos.
Paisagem vista da trilha para o Pico do Sol, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Paisagem vista da trilha para o Pico do Sol, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Paisagem vista da trilha para o Campo de Fora, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Paisagem vista da trilha para o Campo de Fora, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Números de espécies de animais vertebrados já registrados nesta área são: aves (372 espécies), mamíferos (76), répteis (42), anfíbios (57) e peixes (10) [5,6,7]. A fauna de aves apresenta 74 espécies endêmicas da Mata Atlântica e quatro que são restritas aos topos de montanha do leste do Brasil [5]. Exemplos destas últimas são: o beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus), a garrincha-chorona (Asthenes moreirae), o papa-moscas-de-costas-cinzentas (Polystictus superciliaris) e o rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda).
Beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus). Foto: M. F. Vasconcelos
Beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus). Foto: M. F. Vasconcelos
Garrincha-chorona (Asthenes moreirae). Foto: M. F. Vasconcelos.
Garrincha-chorona (Asthenes moreirae). Foto: M. F. Vasconcelos.
Rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda). Foto: M. F. Vasconcelos.
Rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda). Foto: M. F. Vasconcelos.

A riqueza da fauna invertebrada ainda está subestimada. No entanto, quase 1.000 espécies já foram registradas na área [5].

A flora do Caraça é extremamente rica, com 234 espécies de pteridófitas [8] e 1.689 fanerógamas [9], incluindo várias espécies endêmicas.

Alstroemeria plantaginea. Foto: M. F. Vasconcelos.
Alstroemeria plantaginea. Foto: M. F. Vasconcelos.
Drosera graminifolia. Foto: M. F. Vasconcelos.
Drosera graminifolia. Foto: M. F. Vasconcelos.
Hololepis pedunculata. Foto: M. F. Vasconcelos.
Hololepis pedunculata. Foto: M. F. Vasconcelos.
Nidularium bicolor. Foto: M. F. Vasconcelos.
Nidularium bicolor. Foto: M. F. Vasconcelos.
Sinningia magnifica. Foto: M. F. Vasconcelos.
Sinningia magnifica. Foto: M. F. Vasconcelos.
Eu publiquei várias contribuições de história natural para a região, incluindo inventários de aves´[10,11,12] e o estudo da avifauna para o Plano de Manejo da Reserva Particular do Particular do Patrimônio Natural Santuário do Caraça [5]. Além destes, efetuei vários estudos sobre a biologia de aves na área, tais como dieta de beija-flores [13] e de aves que se alimentam de sementes de taquaras [14,15], reprodução do taperuçu-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata) [16] e comportamento alimentar da garrincha-chorona (Asthenes moreirae) [17]. Dentre as grandes descobertas feitas neste período, destacam-se os primeiros registros do macuquinho-da-várzea (Scytalopus iraiensis) no Sudeste do Brasil [18] e a descrição de uma nova espécie do mesmo gênero: o tapaculo-serrano (Scytalopus petrophilus) [19].
Taperuçus-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Taperuçus-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Ninho de taperuçu-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Ninho de taperuçu-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata) no Pico do Inficionado, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Tapaculo-serrano (Scytalopus petrophilus). Foto: D. Hoffmann.
Tapaculo-serrano (Scytalopus petrophilus). Foto: D. Hoffmann.

A respeito de mamíferos, fui o primeiro a relatar a ocorrência do guigó (Callicebus nigrifrons) na reserva [20]. Junto de outros pesquisadores, também apresentamos uma tentativa de predação da coruja-orelhuda (Asio clamator) pelo lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) [21]. Outros registros interessantes da fauna incluem uma extensão geográfica para o caracol serrano (Thaumastus caetensis) [22] e uma nova espécie de lagarto, ainda não descrita.

Guigó (Callicebus nigrifrons) na trilha da Cascatona, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Guigó (Callicebus nigrifrons) na trilha da Cascatona, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.

Encontrei novas espécies de plantas nos altos picos do Caraça (e.g., Vriesea marceloi [23] e Heterocondylus macrocephalus [24]), algumas das quais ainda não foram descritas, a exemplo de uma linda espécie de Hippeastrum. Também redescobri a rara pteridófita (Phlegmariurus ruber) [25], anteriormente considerada extinta.

Vriesea marceloi. Foto: M. F. Vasconcelos.
Vriesea marceloi. Foto: M. F. Vasconcelos.
Hippeastrum sp. (espécie ainda não descrita). Foto: M. F. Vasconcelos.
Hippeastrum sp. (espécie ainda não descrita). Foto: M. F. Vasconcelos.
Phlegmariurus ruber crescendo entre um aglomerado de Vellozia compacta no Pico do Sol, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Phlegmariurus ruber crescendo entre um aglomerado de Vellozia compacta no Pico do Sol, Caraça. Foto: M. F. Vasconcelos.
Trabalhei como guia de observação de aves e da natureza nesta reserva entre 2000 e 2001. Depois de muitos anos estudando a biota de vários pontos do Brasil e lecionando em universidades, retorno para mostrar aos interessados pela natureza do Caraça o que aprendi nas últimas duas décadas nesta montanha.
Marcelo Vasconcelos guiando uma expedição de observação de aves na trilha da Cascatona em 2001. Fotos: A. L. Mixon.
Marcelo Vasconcelos guiando uma expedição de observação de aves na trilha da Cascatona em 2001. Fotos: A. L. Mixon.

Caso tenha interesse em conhecer animais e plantas na Serra do Caraça, favor entrar em contato.

Email: mfvasconcelos@gmail.com

Atenção: Eu não opero viagens. Após solicitar meu serviço de guia, você deve me encontrar diretamente na RPPN-Santuário do Caraça: https://www.santuariodocaraca.com.br/

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